APRESENTAÇÃO DO LIVRO “CREATOUR” NO CENTRO CULTURAL
O auditório do Centro Cultural Escolas Rodrigues de Faria encheu-se para assistir à apresentação do livro “Creatour – catalisando o turismo criativo em cidades de pequenas dimensão e em áreas rurais”, iniciativa acontecida sábado, dia 21 de maio, pelas 11 horas.
Trata-se de uma publicação editada pela Imprensa da Universidade de Coimbra e que resulta do trabalho desenvolvido no âmbito do projeto Creatour, que envolveu cinco centros de investigação e 40 organizações que conceberam e implementaram projetos-piloto de turismo criativo em todo o país. Entre estes inclui-se o EScriativo, do Município de Esposende, projeto que, entre outras temáticas, contempla a promoção das atividades de junco, uma arte centrada em Forjães, terra natal do Presidente da Câmara Municipal, que assumiu a sua satisfação por ver esta atividade revitalizada num contexto de turismo criativo.
O livro pode ser acedido no link abaixo ou através do QRCode disponibilizado na notícia (ver no site www.forjaes.pt), apresentando um conjunto de projetos, que colocam lado-a-lado as nossas cestas de junco e, a título de exemplo, o mosaico de Conimbriga, os mármores de Estremoz, o olaria negra de Vilar de Nantes, o linho de Ribeira de Pena ou os Caretos, de Podence.
Este programa enquadra-se no Plano de Ação para a Sustentabilidade, Crescimento e Competitividade do Turismo em Esposende – 2018_2022 e assume um âmbito mais vasto no âmbito da estratégica do Município de valorização e potenciação do seu território, clarificou o autarca Benjamim Pereira, lembrando que Esposende foi o segundo município do Norte que mais cresceu, em resultado de um conjunto de fatores que contribuem para a sua atratividade. Graças à sua situação financeira estável, o Município tem conseguido alavancar e concretizar os mais variados projetos, numa estratégia de desenvolvimento integrada, harmoniosa e sustentável de todo o concelho, referiu o autarca. Neste contexto, a Rede de Museus do Concelho de Esposende ganha um novo impulso com a criação do Centro Interpretativo do Junco, que irá nascer no Centro Cultural de Forjães, e do Museu do Sargaço, que ficará instalado em Apúlia. Benjamim Pereira deu ainda nota de que também os achados arqueológicos do naufrágio de Belinho terão um espaço museológico, no Forte de S. João Batista, integrando esta Rede de Museus.
Reconhecendo a mais-valia do turismo criativo para a promoção e valorização do território, o Presidente da Câmara Municipal agradeceu o empenho de todos no projeto Creatour, particularmente no que se refere ao Junco de Forjães e à ação de formação que decorre ainda até junho, no Centro Cultural Rodrigues de Faria, sendo que também Vitor Quintão, presidente da Junta de Freguesia, havia destacado esta arte, que tendo começado por ocupar os homens, é hoje um trabalho maioritariamente feminino, recordando, na sua intervenção, as palavras da saudosa Tia Quinhas do Carones, que podem ser recuperadas neste site (Forjães na imprensa e na WEB – Forjães (forjaes.pt).
O Presidente da Junta de Freguesia de Forjães manifestou, ainda, gratidão pelo trabalho desenvolvido no âmbito do projeto Creatour. Ao Município de Esposende agradeceu “pelo trabalho que tem desenvolvido, dando visibilidade a este riquíssimo património que tanto nos identifica”. Expressou, também, uma palavra de reconhecimento às “embaixadoras” do Junco de Forjães, Mena do Rio, Carmo e Isa Joana.
A apresentação do projeto EScriativo esteve a cargo do técnico do Município responsável pelo Turismo, José Costa, que enquadrou e explicou as várias etapas do programa, onde se insere a revitalização do artesanato do Junco de Forjães. Lançou, a propósito, o desafio ao Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) para uma nova formação, mais direcionada para a componente prática.
Responsável pelo Caderno de Especificações para a Certificação do Junco de Forjães, o investigador Álvaro Campelo notou que este património não é só de mulheres, dado que inicialmente eram os homens quem se dedicava à arte, reforçando o valor de cada peça: “Quando olhamos para uma cesta de junco olhamos para a História e para a Estória”. Com profundo conhecimento do trabalho desenvolvido, e quando ultima a candidatura das cestas a Património Cultural Imaterial, confidenciou que tem sido uma enorme riqueza falar com os artesãos forjanenses.
A sessão contou, também, com as intervenções de Sílvia Silva, gestora de investigação nacional do projeto Creatour, e de Paula Remoaldo, coordenadora do projeto na Região Norte, que deram a conhecer o projeto e o livro, podendo ser acedido nos links abaixo, tendo sido estas investigadoras agraciadas com a oferta de uma cesta em junco, entregue pelo presidente da Câmara, terminando a sessão com um verde honra.
http://monographs.uc.pt/iuc/catalog/book/273
CM Esposende | A Arte do Junco (creatour.pt)
Outras informações e imagens no site da Junta de Freguesia.