ANTÓNIO RODRIGUES ALVES DE FARIA: 152 ANOS SOBRE O SEU NASCIMENTO
Para tal, e em jeito de simples homenagem, recupera, conforme texto abaixo, informações já disponibilizadas no site da Junta de Freguesia e outros trabalhos já publicados na web, onde este “emigrante”, expoente máximo do altruísmo, é destacado e apontado como exemplo, pelo que todas as manifestações de reconhecimento serão sempre insuficientes. Apresentamos, também, a reprodução do busto, da autoria da família Mendanha, erigido pela Junta de Freguesia, há dois anos, por ocasião do sesquicentenário (150 anos) do seu nascimento.
O plano de ação da Junta de Freguesia, em fase de execução e estimado para um horizonte de quatro anos, prevê um conjunto de ações que permitirão continuar a homenagear esta figura ímpar, como sejam, e entre outras, a criação de hotspots informativos (ex. casa no Matinho, onde nasceu), o lançamento de um concurso com o nome “Prémio Rodrigues de Faria” (visa a criação de trabalhos de promoção e valorização local) e criação do roteiro “A par e passo com Rodrigues de Faria” (previsão de visitas guiadas a múltiplos espaços com a “marca” Rodrigues de Faria), estando também a ser aprofundados estudos sobre a sua relevância para Niterói, Brasil, conforme detalhe que temos vindo a apresentar neste espaço.
Museu da Emigração e Comunidades: ANTÓNIO RODRIGUES ALVES DE FARIA
Nesta publicação, em que Forjães presta homenagem àquele que, tendo emigrado cedo para o Brasil, nunca esqueceu as suas origens, antes pelo contrário, aqui investiu o fruto do seu trabalho, destacamos a publicação feita no Museu da Emigração e Comunidades, onde é figura de destaque (publicação de março de 2007_ MEC (uminho.pt)
António Rodrigues Alves de Faria, foi o maior benemérito da freguesia de Forjães. No Brasil “trabalhou, batalhou, triunfou” e adquiriu uma enorme fortuna.
Regressado ao torrão natal, foi senhor de um vasto património, mas jamais esqueceu a terra que o viu nascer. E cedo se apercebeu de que a instrução era a base de sucesso para qualquer pessoa. Daí a luta contra o analfabetismo.
No jornal O Espozendense de 15/11/1930, o correspondente de Forjães escreveu o seguinte: “ Foi inaugurado, nesta freguesia, o curso primário nocturno para indivíduos fora da idade escolar, sendo as despesas custeadas pelo nosso ilustre conterrâneo Sr. António Rodrigues Alves de Faria, grande benemérito da instrução.
Este curso é regido pelo Sr. José Albino Alves de Faria, digno professor e director das nossas escolas oficiais”. E acrescentava: “Vai muito adiantada a construção do majestoso edifício para as escolas desta freguesia, a expensas do mesmo benemérito Sr. Rodrigues de Faria e que ficará constituindo mais um padrão das generosas iniciativas de S. Ex.ª. É um autêntico, um verdadeiro palácio da instrução”.
Refira-se que o edifício “Escolas Rodrigues de Faria” durante seis dezenas de anos, serviu de escola primária. Actualmente é Centro Social e Cultural Rodrigues de Faria, inaugurado em Agosto de 2001. [1]
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Biografia:
António Rodrigues Alves de Faria nasceu a 06 de Abril de 1871, em Forjães, vindo a falecer na mesma freguesia em 10 de Agosto de 1949.
Rodrigues de Faria, como ficou conhecido, foi o oitavo dos treze filhos de Manuel Alves de Faria e de Joana Gonçalves Viana. Frequentou a escola primária de S. Paio d’Antas, em virtude de nessa altura ainda não haver ensino oficial na sua terra natal.
Ainda muito novo, por volta dos 14 anos, foi para o Brasil. Aí teve sucesso como empresário dedicando-se ao comércio e à exploração de sal em larga escala. Por volta de 1909 fundou uma grande empresa de nome Companhia de Comércio e navegação.
Fez grande fortuna, tendo-se distinguido como um grande benfeitor para a educação; mandou construir um edifício escola, em 1934, oferecendo-o depois ao estado – é o edifício ainda hoje existente “Escolas Rodrigues de Faria” em Forjães.
No âmbito da assistência social e da saúde, ajudou a construir o Hospital S. Manuel e mais tarde contribuiu com uma soma que ia além de 5 contos e que era devido a ele, talvez, que a obra do hospital (Valentim Ribeiro – Esposende) tinha chegado até ao fim, […] além do rico arsenal cirúrgico com que a mão dadivosa de Rodrigues Faria dotou o Hospital” [2] , para além de enormes contributos na sua terra natal nomeadamente no combate à pneumonia, por volta dos anos de 1919 – 1920. A sua ajuda à população era constante, sendo de assinalar a sua generosa contribuição para a construção de diversos caminhos e estradas.
A população em muito beneficiou no trabalho criado em resultado do seu entretenimento na exploração agrícola – nomeadamente na sua quinta, hoje conhecida por quinta dos Curvos – criando assim emprego numa época em que a pobreza e o desemprego eram grandes.
Em resultado dos benefícios por ele concedidos, o Estado Português pretendeu atribuir-lhe uma ordem honorífica, tendo no entanto Rodrigues de Faria, recusado tal distinção.
Considerado o maior benemérito de Forjães e um dos maiores do concelho de Esposende. [3]
Assim se conta a história de uma das maiores figuras do concelho de Esposende:
ANTÓNIO RODRIGUES ALVES DE FARIA – 1871/1949
[1] ABREU, Gil de Azevedo, Viver e Recordar, Julho, 2006, pp. 13-16
[2] Palavras de Valentim, Ribeiro da Fonseca na inauguração do hospital com o mesmo nome, em Julho de 1916, FONSECA, João Paulo Ribeiro da, Valentim Ribeiro da Fonseca, Nas ondas da vida, Esposende, Dezembro 2005, pp. 123-124
[3] Informações cedidas pelo Sr. António Faria, 2º sobrinho de Rodrigues de Faria
Fonte:
http://www.museu-emigrantes.org/antonio-rodrigues-faria.htm
Outras informações:
Dicionário online Sensagent:
Destaque no site da Junta de Freguesia:
Centro Cultural Escolas Rodrigues de Faria – Forjães (forjaes.pt)
