O Grupo Cultural e Recreativo Aguçadourende leva a palco a peça teatral “1933 ou a Revolta da Morena”, representação sobre a separação da freguesia de
Aguçadoura da sua vizinha Navais
Como refere a autora, Virgínia Silva, o tema era delicado e tinha de ser tratado com a máxima sensibilidade, por isso procurou dados históricos escritos, para fundamentar a nova história.
Foi ao ler o livro a monografia de Aguçadoura que lhe apareceram os versos “ A Revolta da Morena”, que deram início ao começo da peça, sendo da autoria de um poeta da terra, Sr. Manuel Carvalho.
Quando o contactou para pedir autorização para usar a sua criação, este ter-lhe-á falado noutros versos escritos e publicados no jornal Espozendense, em 1934, pelo Prof. Quesado, que seria professor em Navais.
Ora esse professor Quesado, que acaba por ser uma personagem da história, é o Forjanense José Justino Rodrigues Quesado, nascido em 17 de maio de 1968.
No livro “Autores de Forjães” (2004), de Gil de Azevedo Abreu, podemos encontrar mais sobre o autor da obra “Forjães (Divulgações de um seu filho humilde), publicação de 1931, sendo que num texto publicado na Voz de Forjães, na edição de setembro-dezembro de 2004, o mesmo autor revela mais dados sobre a sua vida. Ficamos a saber que casou com Maria de Jesus Boucinha, natural de Navais, com quem teve 3 filhos, casando após a sua morte, em segundas núpcias, com D. Antónia Alexandrina, natural de Braga.
A sua ligação a Navais resulta, assim, do seu casamento, havendo a informação que também terá sido professor (regente) nesta localidade.
Alguns dos seus versos poderão ser encontrados nesta peça teatral, que estreia dia 7, agradecendo à família (a forjanense Maria Ribeiro) a disponibilização dos registos.