LABORINHO LÚCIO EM FORJÃES NA IX EDIÇÃO DE “NA MINHA TERRA CABE O MUNDO TODO”

Dentro de um mês, mais precisamente a 29 de junho, Forjães vai receber a visita de Álvaro Laborinho Lúcio, homem de enorme prestígio nacional que será a figura de destaque da nona edição da iniciativa “Na minha terra cabe o mundo todo”.

Com 83 anos, Laborinho Lúcio destacou-se como jurista, professor universitário, tendo sido ex-ministro da Justiça, a que se junta a sua faceta de escritor.

Nascido na Nazaré, onde foi ator amador na juventude, iniciou a sua carreira como delegado do Procurador-Geral da República, função que exerceu nas comarcas de Seia, Fundão e Santarém. Como juiz, foi colocado, sucessivamente, em Oliveira do Hospital e em Tábua. Foi ainda Procurador da República junto do Tribunal da Relação de Coimbra, inspetor do Ministério Público, Procurador-Geral-Adjunto da República, diretor da Escola da Polícia Judiciária e do Centro de Estudos Judiciários, destacando-se, mais recentemente, funções como Juiz Conselheiro Jubilado do Supremo Tribunal de Justiça e Vogal do Conselho Superior de Magistratura.

Foi nomeado para funções governativas, como Secretário de Estado da Administração Judiciária e Ministro da Justiça, em 1990, durante o governo de Cavaco Silva, e Ministro da República para os Açores, em 2003, durante a Presidência de Jorge Sampaio. Foi eleito Deputado à Assembleia da República, em 1995, e presidiu à Assembleia Municipal da Nazaré, eleito como independente pelo Partido Social Democrata. Foi ainda, até fevereiro de 2012, vogal do Conselho Diretivo da Fundação Centro Cultural de Belém, sendo presidente António Mega Ferreira.

Foi professor convidado de Direito Penal na Universidade Autónoma de Lisboa e membro do Conselho Geral da Universidade do Minho.

Pertence a várias associações, entre outras, ligadas às crianças e aos Direitos da Criança e anteriormente presidiu à Assembleia-Geral da Associação Portuguesa para o Direito dos Menores e da Família e à Mesa do Congresso da Associação dos Juristas de Língua Portuguesa, bem como Membro do Conselho Geral da Fundação do Gil. Concebeu e coordenou o Congresso da Cidadania, realizado nos Açores.

Em termos de condecorações, recebeu, em Espanha, o título de “Excelentíssino Senhor Grã-Cruz da Cruz da Ordem de San Raimundo de Peñafort de Espanha”, atribuída pelo Rei de Espanha, D. Juan Carlos I, tendo sido agraciado, em Portugal, com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Nosso Senhor Jesus Cristo de Portugal, a 8 de Junho de 2005, pelo Presidente da República Portuguesa de então, Jorge Sampaio.

É autor de diversos livros, dos quais destacamos:

Sobre a aplicação do direito (1985);
O sistema judiciário em Portugal: uma perspectiva da mudança (1986);
A justiça e os justos: conversas com Maria José Braga (1999);
Do fundamento e da dispensa da colação (1999);
O mar da Nazaré: álbum fotográfico (2002) com Ana David e António Nabais;
Direitos humanos e cidadania (2002);
Palácio da Justiça (2007);
Educação arte e cidadania (2008);
Levante-se o véu! (2011) com José António Barreiros e José Braz;
O julgamento: uma narrativa crítica da justiça (2012);
O chamador (2014);
O homem que escrevia azulejos: romance (2016);
Portugal e as suas gentes: crise e futuro (2017).

O projeto “Na Minha Terra Cabe o Mundo Todo” foi lançado em lançado em 2010, pela associação Mar Uno, ACARF e Junta de Freguesia de Forjães, assumindo-se como um projeto que visava trazer a cultura a Forjães. Inicialmente pensava com um pendor literário, rapidamente se percebeu que a sua dimensão não se podia restringir à escrita, pelo que o seu âmbito foi alargado, mantendo o espírito inicial, de trazer a Forjães figuras assinaláveis da Cultura Portuguesa, aqui se incluindo autores de língua portuguesa, independentemente de serem portugueses ou não, pois “Na minha terra cabe o Mundo todo”.

Nesse sentido, foi sempre muito gratificante ver as sessões de encontro com a população lotadas, o que estamos certos acontecerá no próximo dia 29 de junho, sábado, a partir das 15.30h, numa sessão integrada nas comemorações dos 35 anos de elevação de Forjães à categoria de Vila, sendo também motivo de enorme orgulho para os Forjanense a nossa espécie de “Parede da Fama”, de onde constam as impressões palmares de todos os que nos visitaram, e já foram 8, sendo que a recolha das impressões palmares, é um dos pontos altos da sessão.

Assim, no dia 29 de junho, teremos a visita a instituições locais, a partir das 15.30h, com uma Tertúlia, no Centro Cultural Escolas Rodrigues de Faria, pelas 17.00h, onde será recolhida a impressão palmar do nosso ilustre convidado, seno também colocada a última recolhida, em 2018 (Ruy de Carvalho), que assim se junta aos restantes intervenientes: Pepetela (2010), Inês Pedrosa (2011), Manuel Alegre (2012), Mário Cláudio (2013), D. Ximenes Belo (2014) e Rão Kyão (2016).

A organização convida toda a população a participar neste encontro, pois será um momento único para conversamos com um homem justo e bom, sabedor da Justiça como ninguém, para além de ser um exímio escritor.

Fonte da biografia: Álvaro Laborinho Lúcio – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)