Se eu não suspirasse, já tinha morrido.
No passado dia 29 de março, pelas 17, o Auditório Municipal, em Esposende, recebeu o espetáculo “Se eu não suspirasse já tinha morrido”, integrado no projeto Som da Memória.
A atividade, onde a Junta de Freguesia esteve presente, é o resultado de um intenso trabalho de 14 meses em cocriação com as pessoas mais velhas integradas em respostas sociais na área do envelhecimento, em 12 instituições do concelho de Esposende, designadamente a Associação Cultural, Artística e Recreativa de Forjães , a Associação Social Cultural e Recreativa de Apúlia, o Centro de Intervenção Cultural e Social de Palmeira de Faro, o Centro Social da Juventude de Belinho, o Centro Social da Juventude Unida das Marinhas, o Centro Social da Paróquia de Curvos, o Centro Social João Paulo II, a Esposende Solidário – Associação Concelhia para o Desenvolvimento Integrado, a Fundação Lar Santo António, o Grupo de Ação de Solidariedade Social de Antas, a Santa Casa da Misericórdia de Esposende e a Santa Casa da Misericórdia de Fão.
Ao longo deste percurso, foram trocadas histórias, partilhadas memórias e revisitadas vivências, numa lógica de empoderamento e incentivo à participação, celebrando tudo aquilo que nos dá fôlego para viver.
Um espetáculo imersivo, com depoimentos na primeira pessoa de acontecimentos, vivências, e modos de vida de outros tempos, transformados num musical contemporâneo.
São memórias a preservar e a ter bem presentes para que não se voltem a repetir, que se tornam ainda mais prementes nos dias que hoje vivemos.
Neste espetáculo, o palco transforma-se numa sala de estar, numa mesa onde se cruzam histórias, vozes e afetos. Através do canto, do vídeo e das gravações áudio, as pessoas mais velhas tornam-se presença, dando lugar ao reencontro e à possibilidade que as vejam melhor e com maior significado.
Sob a Direção Artística de Rita Campos Costa e a Direção Musical e Composição de Zé Figueiredo, com a participação do Coro do FRENESIM, este espetáculo e as pessoas mais velhas levar-nos-ão a refletir sobre como “a vida enterra a morte” e como resistimos à passagem do tempo com suspiros por tudo o que ainda desejamos viver.
Parabéns às IPSS envolvidas, particularmente à ACARF e à Fundação Lar Santo António.









